O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta terça-feira (5) que “cresceu muito a probabilidade” de o governo aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Segundo o ministro, é possível concluir a votação da proposta em dois turnos ainda em dezembro.
“Cresceu muito a probabilidade de a gente aprovar, cresceu muito. Nós estamos avaliando, é claro que não se tem facilidade, mas cresceu muito”, disse o ministro a jornalistas no Palácio do Planalto.
Padilha acompanhou a reunião entre o presidente Michel Temer e o presidente da Bolívia, Evo Morales. Depois do encontro, ele fez uma avaliação sobre o cenário para votação da reforma.
Padilha manifestou a expectativa de que sete partidos que apoiam Temer no Congresso Nacional fechem questão para que os deputados votem a favor das mudanças previdenciárias.
Quando uma sigla fecha questão em torno de um tema, o parlamentar que não votar de acordo com a orientação partidária fica sujeito a punições.
Conforme o ministro, o PMDB deve fechar questão nos próximos dias. A expectativa dele é que a iniciativa puxe o apoio também do PSDB, que deve formalizar a saída da base no próximo fim de semana.
“Se os sete [partidos] fecharem questão, seguramente nós teremos do PSDB uma posição também favorável”, declarou o ministro, que não citou quais seriam as 7 legendas.
Segundo apurou o G1, os partidos aos quais Padilha se referiu são: PMDB, PTB, PP, PSD, PR, PRB e DEM.
Por se tratar de uma emenda à Constituição, o texto exige os votos de ao menos 308 dos 513 deputados.
O ministro da Casa Civil teve reunião na manhã desta terça com Temer e líderes da base do governo para discutir a situação da reforma. Ele afirmou que ainda não foram feitos mapas com os votos dos deputados para monitorar o número atualmente favorável ao texto.
Na entrevista, Padilha não arriscou placar e informou que nesta quarta (6) o Temer deve reunir líderes e ministros para mais uma reunião sobre o tema.
Padilha destacou que é “possível” aprovar a reforma na Câmara ainda em 2017, deixando a análise do Senado para o próximo ano.
“É possível a aprovação na Câmara este ano, mas neste momento é impossível, pelo cronograma que está pré-estabelecido no Senado, a aprovação em dois turnos no Senado”, disse.